Azarias Machado Neto (Machadinho): “Se acharem que deve ser eu, estou disposto e vou em diante. Se considerarem que devo ficar em segunda opção também concordo” – Fotos: Márcia Cristina

O democrata salienta que, caso seja definido candidato, gostaria de ter um vice trabalhador, para ajudar administrar Uruaçu – Abaixo, mais fotos

Azarias Machado Neto (Machadinho), 58 anos completados em 8 de outubro de 2015, natural de Itumbiara, cidade do Sul goiano, reside em Uruaçu há 33 anos, é empresário do setor de transportes, produtor rural e prestador de serviços ao segmento da agropecuária, atuando em conjunto com a família. Deixando a direção dos negócios no início de 2016, da mesma forma a esposa (experiente executiva-gerente administrativa), para se dedicar à política, o prefeitável filiado do Democratas diz que o trabalho da frente política da qual faz parte indica que ele será o escolhido para se candidatar ao cargo número um da Prefeitura de Uruaçu. “Tudo dentro das normas da Justiça Eleitoral. Mas, se alguém, internamente ou da terceira via – se nós concretizarmos a fusão –, tiver melhor nas pesquisas não tem problema”, comenta.

Esclarecendo que o momento é de pleno diálogo e conjecturas, manifesta que as siglas integrantes da frente Democratas-PPS-PHS (respectivamente presididos por Ozires Ribeiro Silva, Nadir Arantes Carvalho [Dona Nadir] e Alarico Júnior [doutor Júnior]) têm potencial para obter sucesso na campanha eleitoral deste ano e, que somar forças com partidos e lideranças qualificados pode selar, de fato, a vitória nas urnas. As conversações são com o PDT (presidido por Professora Eunice – ela é pré-candidata a prefeita), PSB (dirigido por Professor Horbylon – que tem como pré-candidato a prefeito doutor Juarez Lourindo), PRP (chefiado por Emerson Vaz – que tem Xuxa como pré-candidato a prefeito) e o PRTB (liderado por Daniel Lima, que busca emplacar Reuder Moreira como vice-prefeito). Sendo definido futuramente Machadinho como candidato a prefeito, todas as agremiações listadas têm a mesma pretensão do PRTB, algo que o tempo definiria.

Ano passado, o democrata já externava que internamente a ala dele tinha (e tem) bons nomes para concorrer, se sentindo honrado, mas sem qualquer vaidade, por fazer parte da iniciativa e, receber incentivos de tantas pessoas que comentam e pedem para ele adentrar as eleições de agora disputando algum cargo.

Mesmo com a agenda repleta de compromissos, recentemente Machadinho recebeu a reportagem do Jornal Cidade na sua casa, quando, ladeado pela mulher – que também falou ao periódico –, respondeu todas as perguntas feitas, aqui transformadas em tópicos.

Confira e saiba mais sobre as óticas de Machadinho, pertencente ao também chamado grupo do Sindicato Rural de Uruaçu (SRU) e, casado com a uberabense-mineira Márcia Pedrosa Machado, com quem tem três filhos.

PRÉ-CANDIDATO

É de conhecimento público que o entrevistado é pré-candidato a prefeito de Uruaçu, tendo em vista as eleições 2016. Abordado sobre o que leva uma pessoa, como o mesmo, bem sucedida com o fruto de árduo trabalho dele, a querer administrar a cidade nortense, respondeu: “Em uma reunião com os amigos, falaram no nosso nome, e, depois de várias conversas, aceitei, visando o bem de Uruaçu. Minha esposa, meus filhos, minha família apoiaram e resolvi colocar o meu nome à disposição do Democratas”.

COM GRACINHA CAIADO

Dia 16 de fevereiro, o casal esteve na capital Goiânia, visitando o escritório político de Ronaldo Caiado, com o entrevistado dizendo: “Fomos lá, convidados. A esposa do Ronaldo Caiado [Gracinha Caiado] queria nos conhecer. O Visconde [Coelho –, assessor parlamentar do senador] passou aqui e nos convidou também. A visita durou uns 40 minutos, fomos bem recebidos, foi ótimo. Não conhecíamos a Gracinha e gostamos muito”.

ANDANÇAS

Dentre as novidades do pleito 2016, a pré-campanha é longa e, a campanha curta, de apenas 46 dias, terá início dia 16 de agosto. Lembrando ser importante ficar atento ao calendário e, dentro das normas eleitorais, andar a cidade toda, Machadinho categoriza: “Estou andando, conversando, graças a Deus toda vez que eu chego em algum lugar sou bem recebido e bem lembrado. As pessoas, às vezes, não lembram do Machadinho, mas na hora que eu chego ao encontro delas é um sofrimento total por uma ou outra coisa. Tem muita coisa sofrida, por exemplo, a questão dos valores das contas de energia cobrados por parte da Celg [companhia energética pertencente aos governo federal e ao Governo de Goiás]. Saúde: a reclamação é geral. Assim: por todos os lados existem muitas reclamações, pois os problemas da cidade e do campo são muitos e, eu vou apenas ouvindo tudo com atenção. Eu não peço votos e não tenho como ajudar”.

DEMOCRATAS-PPS-PHS

Quando Machadinho diz que o momento é de muito diálogo interno e externo, não fica dúvida: está praticamente decidido que a frente partidária lançará candidato a prefeito. Mas como o radicalismo não impera no chamado grupo do Sindicato Rural, tudo é possível (ainda mais na política), inclusive com Machadinho saindo de vice-prefeito, ou, até mesmo, nem se candidatando, mas apenas ajudando de outra forma e, quem sabe, até se candidatando a deputado estadual em 2018. “Sou pré-candidato a prefeito para 2016 e nosso trabalho indica que eu venha a ser o candidato, tudo dentro das normas da Justiça Eleitoral. Mas, se alguém, internamente ou da terceira via – se nós concretizarmos a fusão –, tiver melhor nas pesquisas que virão, não tem problema. Se acharem que deve ser eu, estou disposto e vou em diante. Se considerarem que devo ficar em segunda opção também concordo. Sou desprovido de qualquer vaidade. De uma forma ou outra desejo ajudar no projeto”.

SUPOSTA TERCEIRA VIA

“Se nós concretizarmos a fusão”: as conversações da frente Democratas-PPS-PHS com o PSB, PDT, PRP e o PRTB tiveram origem em debates internos (a frente em si) iniciados em agosto de 2015, ganhando corpo por agora. Seja na frente, no suposto blocão (sete siglas) ou da parte de Machadinho, a ideia é – 99,99% –, que essa alternativa participe das eleições 2016 sem envolvimento qualquer com outros blocos políticos. Terceira via porque avaliam existirem outras duas: a liderada pela prefeita Solange Bertulino (PMDB), que tende buscar reeleição; e, outra que representa o governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB): com Valmir Pedro (PSDB; pré-candidato) e com Lourencinho (PTB; que dificilmente sairá candidato [algo que ele ainda nega], devido restrições eleitorais; prefeito no mandato anterior, projeta lançar o filho Lourenço Neto [PTB]) juntos.

VICE

No tocante às conjecturas internas e externas, a questão de quem ocuparia a vaga de vice-prefeito chama atenção. De Machadinho, sobre constituição da chapa: “Ainda não decidimos nada, estou conversando com todo mundo, com todos os partidos, tenho amizade com todos”. Especificamente quanto à figura da pessoa que concorreria a vice, assinala o democrata: “Dando tudo certo, obedecendo o calendário eleitoral, é o grupo que vai decidir. Eu, na condição de futuro candidato a prefeito, queria uma pessoa com o meu perfil, para tornarmos nosso objetivo uma realidade: é fazer com transparência e honestidade”, completando que não seria um vice decorativo: “Ele teria que trabalhar junto com a gente, teria que exercer a função dele lá, de vice, e, com as mesmas responsabilidades que eu, o secretariado. O vice tem que ter espaço e trabalhar! Tem que ter espaço para todo mundo. Sendo uma pessoa boa, tem espaço maior e, com o passar do anos, Deus ajude que ele possa sair bem administrativamente e politicamente”.

SEM AMARRAS, SEM PERSEGUIÇÃO

Machadinho esclarece, caso seja eleito prefeito: “Não dou vez para aproveitadores, eu não tratei e não vou tratar nada de errado com ninguém. Uma coisa que eu não aceito perante nada e ninguém é fazer loucuras ou compromissos malucos. Nunca gostaria de ficar sendo cobrado injustamente. O dinheiro é do povo, tem que entregar para o povo, através de obras e benefícios. E, comigo a perseguição é zero. Não quero briga com ninguém, nem perseguir ninguém. Jamais! Eu tenho certeza que todos os funcionários de carreira me ajudarão. Não estou pedindo votos! Ajudar na hora que eu, se eleito e como prefeito, chegar e conversar com eles: ‘Gente, vamos fazer uma administração para ajudar o povo mesmo!’”. Ele opina que está faltando união e faltando os servidores trabalharem felizes. “Eu, na verdade, não quero ser prefeito de Uruaçu, eu quero ser o gerente do povo de Uruaçu. Saber colocar ‘as coisas’ no lugar certo, na hora certa. Não precipitar com nada. Acho que companheiro é companheiro e não vou mudar meu pensamento nunca”.

Nota da Redação: da esposa Márcia Machado: “Na política, existe uma ‘briga’. O vereador ‘x’ arruma uma coisa, o ‘y’ vai e ‘derruba’. Se o Machadinho chegar a ser prefeito, o que ele quer, na verdade, é ter um consenso, unir, independente de partido, unir em prol do bem da cidade. Fazer uma política diferenciada. Esse é o pensamento dele. É claro que vai ter uma abertura com os vereadores, porque queremos trabalhar em prol de Uruaçu e não de nós, pessoas, Machadinho e Márcia. Ele quer fazer uma doação da pessoa dele em prol da cidade. Agora, se não tiver união de todos não se resolve a contento”.

COMPORTAMENTO

Lembrando a história de vida dele, Machadinho alerta ser vital ter humildade: “Se eleito prefeito, quero administrar com muita honestidade e transparência. Uruaçu tem conserto sim, basta quem comanda a Prefeitura ter vontade e disposição. Se eu chegar ao cargo de prefeito, quero ter um canal de denúncias. Se ficar sabendo de algo, denunciar na hora, para acabar com esse costumeiro ruim. Quero ter uma Ouvidoria que funcione. Quero ser um prefeito presente, ir a todos os lugares, ir onde em toda minha vida e nos meus 33 anos de Uruaçu eu andei e fiz as coisas. Continuaria normalmente indo e fazendo. O que não fiz, porque achei que não era certo, não vou fazer também. Vou fazer é o certo, como sempre fiz”.

Nota da Redação: Márcia Machado: “Quando lerem a entrevista do Machadinho vão falar assim: ‘Isso nada vai ser feito!’. Mas, uma política verdadeira e Administração séria – sobre as quais todo mundo fala serem ‘utopias! Não existem!’ –, é que estamos querendo mostrar ser possível consegui-las. Nós vamos trabalhar para isso, mostrar que se consegue sim, pelo menos da nossa parte. É preciso, por exemplo, unir os vereadores, conversar, com eles podendo trabalhar. Porque o prefeito sozinho não consegue mesmo. Aí, sim, é utopia”.

Nota da Redação: Márcia Machado: “Na verdade – estamos realizados, financeiramente somos realizados, temos três filhos, todos formados, todos no seu segmento, estamos sendo apenas suporte para eles –, vamos ficar ociosos de serviços e, então queremos doar nosso tempo para a Prefeitura. Uma forma de ajudar a cidade que escolhemos para morar, para nossos filhos crescerem, porque todos eles estudaram aqui desde o Jardim da Infância, e, agora, estão vindo as netas. Vão estudar aqui! O que queremos é uma cidade melhor para nossa família e todos os cidadãos. Se perguntam ‘como, se vocês nunca mexeram com política?’, respondemos: ‘Realmente não somos políticos, mas como pessoas nós começamos de baixo!’. Então, nossa administração é boa, pois do contrário não tínhamos evoluído o tanto que evoluímos. Várias pessoas em Uruaçu podem dar testemunhos de como foi nossa vida há mais de 25 anos! Vendíamos ovos e queijos na rua. E essa simplicidade, que foi nossa vida e é até hoje, também passamos para nossos filhos e, é o que queremos fazer pela cidade também: ver preços, fazer licitações corretas, não comprar onde vendem com preços superfaturados, não desperdiçar o que é patrimônio público. O que nós fazemos em nossa empresa queremos fazer na Prefeitura de Uruaçu”.

ECONOMIA, TRABALHO E RENDA

Quando Machadinho fala em querer ajudar, na condição de prefeito, a cidade e o seu povo, seria, no caso, o povo, com muito assistencialismo ou gerando emprego? Ou as duas opções?, quis saber a reportagem, para a resposta: “Gerando empregos. É a melhor opção. E, o que puder fazer pelo social das pessoas nós vamos fazer também! Vou lutar com ‘unhas e dentes’, junto com o senador Ronaldo Caiado [presidente do Democratas em Goiás] e outros políticos para serem concentrados mais empregos em Uruaçu. Isso ajuda também as pessoas permanecerem em Uruaçu, lugar que, devemos sim, é estruturar, atraindo mais empresários, trazendo várias empresas. Queremos produzir alimentos de consumo aqui na cidade – verduras e tantos outros. O pessoal busca verduras em Anápolis [cidade da região central de Goiás] para vender aqui. Gostaria muito de incentivar para que os produtos sejam produzidos em Uruaçu. Fazer uma força para produzir aqui, com assentados, pequenos produtores, microempresários individuais. Eu vejo que é preciso termos mais uma Feira, com boa estrutura, em outro setor. Um espaço igual ou melhor ao existente, só que funcionando três vezes na semana.

ATRAÇÃO DE INDÚSTRIAS

“Para a antiga sede da Leitbom [indústria de laticínios que encerrou as atividades em Uruaçu no mês de maio de 2011], o meu sonho é arrumar um investidor, uma fábrica, qualquer coisa para voltar a funcionar ali. Em Bela Vista de Goiás [localizada na região central de Goiás], em Piracanjuba [cidade da mesorregião do Sul goiano] a economia vai bem, pois indústrias desse ramo abrem empregos em massa, geram tributos, aquecem a economia. É preciso correr, insistir direto junto ao Governo de Goiás, ao governo federal, clamar aos deputados e senadores para que ajudem implantar indústrias e empresas de todos os portes em Uruaçu, temos que dar incentivos, fazer parcerias com as empresas, indústrias, os prestadores de serviços, para que venham para Uruaçu. Das empresas que tempos atrás foram para Catalão [também da mesorregião do Sul goiano] e outras cidades, algumas poderiam estar aqui. Ao mesmo tempo, com os daqui já instalados, para que tenham mais condições, pois se vão bem, têm como ajudar para uma melhor movimentação da economia uruaçuense”.

PLURIPARTIDARISMO

Fazer uma grande gestão municipal em qualquer localidade é impossível sem parcerias com os governos estadual e federal. Eleito prefeito, Machadinho comunica que buscaria apoios institucionais e união benéfica – esquecendo, no bom sentido, cores partidárias –, para Uruaçu, em Goiânia e Brasília. “Em prol de Uruaçu não tem lado partidário. É preciso ir ao governo estadual, federal, aos deputados, eu vou onde tiver recursos para trazer, fazendo parcerias com todos para trazer o bem para Uruaçu”.

Nota da Redação: Márcia Machado: “Dependeria deles, de não ‘olharem’ o nosso partido. É importante fazer uma Administração aberta, então tudo é bem-vindo, desde que seja na linha que legalmente defendemos. Nós daríamos aberturas e eles teriam que fazer o mesmo para nós e outros partidos, em nome de Uruaçu. O Caiado disse que nos apoiaria e que estaria sempre ao nosso lado”.

ELEIÇÕES 2014

Integrante de ala política que apoiou na cidade em 2014, Zé Antônio (PTB), eleito deputado estadual e, José Mário Schreiner (PSD), não eleito para a Câmara Federal, Machadinho pontua ter sido um trabalho proveitoso. “Eles fizeram muita coisa aqui para Uruaçu. Encontrei com o Zé Mário recentemente em Porangatu [cidade do Norte goiano], ele está firme, disse que no que precisarmos na Faeg [Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás, presidida pelo mesmo], podemos ir atrás. Através do Sindicato Rural de Uruaçu, do qual com orgulho faço parte, o Zé Mário sempre ajuda Uruaçu. Comentamos também sobre parcerias com o Sebrae [Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas em Goiás {Sebrae Goiás}, presidido por Igor Montenegro]. O deputado Zé Antonio é meu amigo, lá de Itumbiara, onde parentes nossos estudaram na mesma sala de aula e, ele quer muito o bem de Uruaçu. Outro amigo meu é o deputado estadual Júlio da Retífica [PSDB], que dias atrás me chamou, em Porangatu e, disse: ‘Machadinho, no que você precisar eu te ajudo!’”.

CÂMARA

O democrata afirma que se eleito prefeito buscaria entendimento máximo com a Câmara Municipal já de início. “Primeiro passo que faria seria isso. Bom vereador é aquele que trabalha, que cumpre com seu papel honesto. Esse é o bom vereador para mim. Um entendimento com a Câmara e, eu iria, em parceria, colocar todos os vereadores para trabalharem de forma acentuada, com cada tendo o seu serviço, não só de vereador, mas ajudando cuidar desses ou daqueles bairros, com eles, vereadores, tendo autonomia na Prefeitura em prol do povo. Sem ajudar o povo, para que vou brigar internamente? Igualmente, ir atrás do governador [de Goiás – Marconi Perillo {PSDB}], dos senadores, deputados federais, quem tiver para poder arrumar Uruaçu”.

URUAÇU PREV

Um dos problemas gigantes do Poder Executivo local é o rombo existente no Fundo de Previdência do Município de Uruaçu (Uruaçu Prev), com atrasos nos repasses, parcelamentos e quase R$5 milhões retirados de aplicações estatais e levados para a iniciativa privada, de onde só poderão ser resgatados daqui mais de duas décadas. O JC perguntou para Machadinho: O senhor está ciente disso e o que fazer com a causa, que é o patrimônio e futuro do funcionalismo público?: “O que vai resolver o problema do Uruaçu Prev é chamar para negociar, acertar com todo mundo, acabar com esses desvios, o dinheiro da Previdência descontado do funcionalismo tem que ser depositado na conta da Previdência e, alinhar com os funcionários públicos como deve ser feito desse momento para frente”, sublinhando também ser contra a venda de imóveis para solucionar o problema: “Eu sou contra, pois no dia em que a Prefeitura precisar de uma área, já foi vendida. O governo federal, por exemplo, pode decidir implantar uma Faculdade e, a Prefeitura não ter um lugar bom, estratégico”.

Nota da Redação: Márcia Machado: “Sobre venda de terrenos, a própria Prefeitura não tem sede própria. Se for construir a sede, tem que comprar terreno, sendo que ela já tinha”.

CERTIDÕES

Ao ser lembrado que a Prefeitura lida com problemas financeiros que atrapalham a obtenção de certidões, Machadinho foi claro: “Não dou conta de fazer um negócio desse: ficar sem certidão! Se você não tem o recurso, vai atrás e consegue. E é melhor evitar isso antes”.

Nota da Redação: Márcia Pedrosa: “O empresário, e nós estamos acostumados, todo mês recolhe o FGTS, INSS, a nossa empresa está em dias com isso e todos os impostos. É o que nós estamos acostumados, a nossa empresa é assim! Se sai dinheiro para pagar nossos funcionários o dinheiro vai para o funcionalismo, se sai para comprar um veículo [suporte da empresa] vai para o veículo. É assim que tem que ser. A Prefeitura é uma empresa. Você tem que negociar e cumprir. Nós nunca deixamos um funcionário nosso sem ter depositado o seu FGTS e o seu INSS”.

Machadinho (com o senador Ronaldo Caiado e, Ozires Ribeiro Silva [presidente do DEM uruaçuense]) afirma ser amigo de todos, que gosta de Uruaçu, onde centralizou negócios com a família e que torce por melhorias, beneficiando a população – Abaixo, mais fotos

SAÚDE

“Temos que melhorar a saúde pública uruaçuense, que honrar os compromissos feitos com prestadores de serviços dentro da melhor lógica comercial possível. Fazendo muito mais, existe a possibilidade de maior qualificação, pois o povo passa demais por necessidades e com saúde não se brinca”.

EDUCAÇÃO

Ser que valoriza bastante a área educacional e que ao lado da esposa porta bom exemplo, com a formação superior dos filhos, Machadinho defende que a boa formação educacional de mais e mais pessoas ainda pode qualificar o Brasil num todo. “A luta pela qualificação do ensino na rede municipal de ensino não deve cessar e a Prefeitura deve lutar para trazer mais faculdades para cá. Se depender da minha boa vontade, eu quero que todos tenham escolas e unidades de ensino superior para estudarem sem pagar mensalidades”, explana.

MEIO AMBIENTE

Pergunta do JC: Como vê, em Uruaçu, o fato de a principal avenida, a Tocantins, não ter árvores no canteiro central e, o que se chama de point turístico, espaço junto da praia Generosa, no lago Serra da Mesa, não deter árvores de forma satisfatória? O que faria em favor de uma melhor autossustentabilidade em toda a cidade? Reposta de Machadinho: “Eu promoveria debates amplos, visando melhorar a situação do canteiro e da praia e o seu entorno. É necessário providenciar um projeto ambiental para a cidade mesmo e, com a parceria do povo, fazendo o projeto com a população – ‘Isso é bom ou ruim?’. ‘Como deve ser feito?’. Se você não envolver a população no que está pretendendo fazer e a população não aceitar, pode resultar em problema maior”.

MOBILIDADE

“Uruaçu carece de melhorias, inclusive a zona rural. A população precisa ser mais conscientizada por parte do poder público, para que o Centro, todos os bairros, a parte rural sejam locais para melhor convivência e bem-estar. Eu tenho um projeto, por exemplo, envolvendo conversa com os servidores da Secretaria [Municipal] de Infraestrutura, que lida com obras, os vereadores, o Ministério Público [MP], a população, para vermos a possibilidade de tornarmos Uruaçu uma cidade com calçadas por toda a sua extensão, acabando com o terreiro de chão. Isso é bonito para a cidade. Com parcerias e dentro da legalidade, a Prefeitura doar um pouco do material. Ou todo, com a mão de obra ficando para o morador. Ou, se o contribuinte fizer, ele tem desconto no IPTU [Imposto Predial e Territorial Urbano]. Quem não fizer, paga multa, com os recursos dessas multas sendo destinados para a mesma finalidade”. Chamando atenção para o fato de que Uruaçu ainda não é uma metrópole, mas que é preciso fazer, e muito, para a que “a situação não piore”, onde, por exemplo, têm sérios problemas quando o assunto é ocupação irregular de calçadas e outros espaços públicos, Machadinho analisa que “melhor planejamento e execução estrutural deviam ter sido providenciados no passado, acompanhando a expansão do Centro e o surgimentos de novos bairros e loteamentos”.

TURISMO

Para Uruaçu ser cidade turística, é necessário trabalhar muito, sem desistir, e, para colocar com sucesso o nome de Uruaçu à disposição de turistas e visitantes em geral, das pessoas que passam por aqui, muito trabalho terá que ser feito eternamente, conclama Machadinho. “Envolve mobilidade também. Uruaçu precisa mudar o seu visual, dar uma melhorada – começando pelas entradas da cidade –, ter uma melhor sinalização, colocar ‘outdoors’ atrativos da Prefeitura para transmitirem informações e convites, Uruaçu carece de iluminação melhor, segurança pública sempre estruturada. Aqui dá para promover e fazer turismo de várias formas, aproveitando todo o potencial que temos. Não é só o ‘Carnaval’ não! Temos que inovar todas as ações públicas dessa área e, também fazermos parcerias com o setor privado, pois assim, é possível tornarmos tradicionais e com estruturas muitos eventos, em andamento, novos e que pararam com o tempo, para integrarem, sem frustrações, um calendário oficial de eventos”. Ele citou Encontro de Motoqueiros; Motocross; Encontro de Ciclistas; Torneio de Pesca; Torneios de esportes náuticos; Encontros Religiosos; outras promoções automobilísticas, como o KM de Arrancada, “com o turismo atraindo gente o ano todo”. “É só ter um calendário com seriedade e nele, incluir ainda, atividades ligadas as cachoeiras, ao turismo rural, aos nossos talentos do artesanato, da música, da cultura em geral, agregando também outras modalidades esportivas. A Prefeitura precisa investir em despesas inteligentes e isso é possível com planejamento, vontade. Dinheiro bem aplicado, o retorno é bem maior. Todo o espaço, abrangendo a praia Generosa e o Memorial Serra da Mesa precisa ser repensado, organizado, arrumado, zelado o ano inteiro. Não custa muito, por exemplo, a construção de uma pista simples de ciclismo no circuito cidade-lago”.

‘CARNAVAL DE RUA’

Se mostrando a favor da realização da festa carnavalesca, Machadinho comenta sobre mudar ou não o local do evento: “Através de diálogos, é possível vermos com a população, os comerciantes, os hoteleiros, a Polícia Militar, o Corpo de Bombeiros, o Ministério Público e outros interessados o que é melhor. Continua na avenida Transbrasiliana? Leva para a área da Pecuária? Para as proximidades do lago? Para outro lugar? O ideal é conversar, resultando em um projeto que fica bom para Uruaçu, mas se não interagir a Prefeitura-o povo, não acontece nada. Passa da hora, também, da criação de novos atrativos e melhorar os existentes na praia Generosa para o período do ‘Carnaval’ e para as demais épocas do ano. Sendo prefeito, entre as nossas vontades principais, também constam arrumar esse asfalto. Quero arrumar Uruaçu para ser uma cidade turística”.

REGULARIZAÇÃO FUNDIÁRIA

Milhares de lotes urbanos de Uruaçu, onde famílias residem há 60, 50, 40, 30, 20 anos, precisam ser regularizados. Isso é possível em parceria grande com o governo federal e o Governo de Goiás. No que depender do entrevistado, caso seja eleito prefeito, número máximo de famílias terá a conquista da tão sonhada escritura. “Este é um projeto meu antes de ser político. Tenho vontade de ajudar as pessoas legalizarem o espaço onde moram. Não tem nada sem solução nesse mundo”, otimiza.

BONS PREFEITOS

Poderia citar o nome de bons prefeitos que Uruaçu já teve?, pediu a reportagem, com Machadinho respondendo: “Marisa [Araújo – 2001-2004 e 2005-2008], Mozart [Vasconcelos – 02/02/1983 a 31/01/1989], Luiz Lourenço Moreira [Luiz Pauferro – 31/01/1989 a 1º/01/1993], Roberto [Izidoro de Almeida – 31/01/1966 a 31/01/1970 e 31/01/1973 a 31/01/1977]”. Homem muito ocupado, mesmo assim sobra um tempinho para espiar aqui-ali e, vem o questionamento: que avaliação o senhor faz da atual gestão uruaçuense?. Resposta: “Na minha avaliação, péssima, ruim demais”.

RONALDO CAIADO

Indagado se ele é bom senador, se merece governar Goiás, de prontidão o entrevistado cravou: “Ele é um ótimo senador, ele merece e vai ser o próximo governador”.

DEPUTADO POR URUAÇU

Na condição de prefeito, a luta de Machadinho em favor da eleição de um deputado estadual 100% de Uruaçu seria grande? Ele especifica que lutaria intensamente, pois a cidade não deve permanecer “inteira partida. Nós vamos eleger um deputado daqui, conversando e lutando para unirmos politicamente nesse sentido. De todo jeito, lutarei por isso, pois podemos, sim, ter consenso e o nosso deputado estadual”.

FUTURO DO PAÍS

O Brasil tem jeito? Segundo Machadinho, sim: “O Brasil também tem jeito sim! É só os políticos ‘lá em cima’ conscientizarem que precisam parar com essa roubalheira, que tem jeito sim! A política do Brasil está uma vergonha nacional, o segundo maior escândalo político do mundo estamos vivenciando [Petrolão]. Os políticos do Congresso estão sendo vistos como ‘zero’. A classe política vive desprestígio enorme”.

PEDIDO DO PAI

Filho de um homem extremamente honrado – Mauro Machado Guimarães (Senhor Mauro) –, o entrevistado informou como o pai vê sua decisão, diferenciada, de entrar para a política: “Ele chegou em mim e disse, só me pediu uma coisa: ‘Machadinho, eu só quero uma coisa com você! Não vou te privar de nada, meu filho! No dia que uma pessoa falar de você eu vou ‘levar ela’ na Justiça. Se eu estiver ainda com vida, quero provar que você não fez isso de errado!’”. Eu disse: ‘Papai, eu prometo’”.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Opinando sobre a importância da honestidade na seara político-administrativa, salienta: “A honestidade é a maior riqueza que eu recebi e quero passar”. Quanto aos demais prefeitáveis, Machadinho é claro em dizer que todos deviam aprender conviver com as diferenças, sem desrespeito, sem discriminação, sem ofensas. “Nunca, jamais eu quero ser superior a alguém na vida. Na política, considero a todos igual considerei em toda a minha vida: com respeito. Dos nomes que eu vejo querendo também disputar, todos são meus amigos. São adversários políticos, apenas isso e, vou continuar respeitando a todos. No mais, o meu muito obrigado por esta entrevista”.

Casal Machadinho/Márcia Machado (com Ronaldo Caiado, em Uruaçu). O entrevistado opina que Uruaçu deve melhorar muito em uma gama de aspectos, pois as deficiências são muitas

De Machadinho (ladeado pela esposa e o filho doutor Felipe Pedrosa): “Vou lutar com ‘unhas e dentes’, junto com o senador Ronaldo Caiado e outros políticos para serem concentrados mais empregos em Uruaçu”

(Jota Marcelo – JC Online)